
O auditório do Hospital Dr. Beda recebeu uma palestra especial sobre a importância da preservação do meio ambiente e a urgência de reduzir o uso do plástico no cotidiano. A iniciativa, promovida pelo setor de Vigilância Ambiental do hospital, faz parte das ações educativas realizadas ao longo do ano com os colaboradores do Grupo IMNE. A engenheira ambiental Rafaela Barreto, responsável pela organização do encontro, destacou que a atividade foi inspirada pelas datas alusivas ao Dia Mundial da Água, celebrado em março, e ao Dia Mundial do Meio Ambiente, em junho.
Segundo Rafaela, os temas escolhidos para este ano — a preservação das geleiras e o combate ao uso indiscriminado de plásticos — foram alinhados às diretrizes nacionais de educação ambiental e aplicados à realidade hospitalar. Ela ressaltou que a adoção de atitudes simples, como a substituição de copos descartáveis por garrafas reutilizáveis, faz parte de um esforço coletivo pela redução do descarte de resíduos. “É um trabalho de conscientização com todos os colaboradores. Campanhas, cartilhas e orientações práticas ajudam a diminuir a geração de lixo e a promover o uso mais racional dos materiais”, explicou.
Convidada para aprofundar o debate, a bióloga Tatiana Almeida Machado Garret, professora do Instituto Federal Fluminense e coordenadora do programa de pós-graduação em Educação, Ambiente e Sustentabilidade, apresentou uma reflexão baseada em estudos científicos recentes. Ela citou um artigo de 2023 do Instituto de Estocolmo, voltado para a resiliência do planeta, e procurou trazer os dados globais para a realidade local. “A ideia é cuidar da vida e também do planeta. É impossível falar de meio ambiente sem pensar em saúde e nas instituições que cuidam das pessoas”, afirmou.
Tatiana destacou a gravidade da poluição plástica e seu impacto crescente sobre a natureza e o ser humano. Para ela, é fundamental agir em duas frentes: no campo individual, com escolhas conscientes no cotidiano, e no coletivo, com ações articuladas que pressionem os poderes públicos por leis mais rigorosas e políticas efetivas de redução de plásticos. “O plástico está nas roupas, nos alimentos, na água que bebemos. Precisamos evitar o uso ao máximo e cobrar mudanças estruturais. É um tsunami de plásticos que ameaça a vida”, alertou.
A engenheira Rafaela reforçou que o compromisso com o meio ambiente deve ultrapassar os limites institucionais. “A política nacional de resíduos sólidos já orienta sobre a necessidade de reduzir, reutilizar e evitar a produção de lixo. Isso vale para o hospital, mas também para a casa de cada um de nós”, disse.
A palestra, que uniu ciência, educação e práticas ambientais, foi mais uma iniciativa voltada à formação de uma cultura sustentável no ambiente hospitalar, reforçando o papel das instituições de saúde também como agentes de preservação da vida em todas as suas dimensões.